segunda-feira, 18 de abril de 2011

Espaço para atores negros na TV aumentou, mas eles acham que ainda pode melhorar

Muito se discute sobre o espaço que a TV dá aos atores negros. Segundo eles, hoje há mais oportumidades. Mesmo assim, os papéis ainda estão longe do ideal. Em "Duas caras", por exemplo, os negros fazem parte de uma classe social mais baixa. Cris Vianna, a Sabrina da novela de Aguinaldo Silva, tem uma opinião firme sobre o assunto.
- Eu ainda sonho em fazer uma personagem sem que minha cor seja avaliada. Melhorou, eu nunca tinha visto tanto negro em uma mesma novela. Mas ninguém tem o papel destacado, ninguém mora em um lugar bom. Mesmo assim, eu me orgulho quando vejo os atores negros trabalhando - diz ela. - O preconceito está aí, quantas modelos negras você vê nos desfiles de moda? Uma em 30. Na novela, Aguinaldo vai mostrar, com o casamento de Sabrina com Barretinho (Dudu Azevedo), que o amor pode quebrar coisas que não são bacanas. O preconceito social, além do racial, também é forte. Se Evilásio fosse milionário, o que Barretão (Stênio Garcia) pensaria dele? http://oglobo.globo.com/cultura/revistadatv/mat/2008/01/11/espaco_para_atores_negros_na_tv_aumentou_mas_eles_acham_que_ainda_pode_melhorar-327978306.asp

Descritoo por: Daiana Sousa

sexta-feira, 8 de abril de 2011

OS NEGROS NAS TELENOVELAS

O Brasil é um país plural, com uma população formada por várias raças e etnias. País construído por colonizadores europeus, nativos indígenas e negros africanos em sua essência. Se o índio faz parte de uma minoria de brasileiros, negros e brancos quase que empatam em número populacional. Apesar da paridade numérica, os abismos sociais entre negros e brancos continuam a ser uma grande ferida na integridade racial do Brasil.
A presença dos negros nas telenovelas brasileiras, o maior veículo de comunicação de público do país, apesar de ter avançado nos últimos anos, ainda é tímida e muitas vezes feita de uma forma negativa e presa ao estereótipo. Apesar de ser um país de grandes atores negros, que desfilaram ou desfilam pelas décadas da dramaturgia brasileira, como Grande Otelo, Ruth de Souza, Lázaro Ramos, Milton Gonçalves, Isaura Bruno, Taís Araújo, Chica Xavier, Neuza Borges, Jacira Silva, Zezé Motta, Cléa Simões, Zózimo Bulbul, Lea Garcia e tantos outros; os negros vêm sendo ignorados há décadas pelas telenovelas. Desde a primeira levada ao ar em 1963, este veículo tornou-se o condutor que moldou comportamentos, opiniões, criando ou derrubando preconceitos. A linguagem da telenovela reprimiu por muitos anos a imagem da verdadeira face do Brasil, fazendo dele um país de falsa identidade branca, negando a sua história e cultura. A televisão foi, e ainda o é (apesar de hoje em dia sofrer mais críticas e render-se às evidências da pluralidade) a maior propagandista e difusora dos conceitos do branqueamento da população brasileira, iniciada ainda no Brasil colônia.
Se hoje uma telenovela de horário nobre da poderosa TV Globo insere em suas tramas o amor entre raças, e o público, já moldado para aceitar a verdadeira identidade do país, aceita as personagens, nem sempre foi assim. Já houve tempo em que a rejeição ao amor entre um casal de cor branca e negra atingiu a total intolerância. A presença do negro na ficção da teledramaturgia era visível apenas em pequenas tramas paralelas às principais. De Mamãe Dolores (Isaura Bruno) a Xica da Silva (Taís Araújo), do Rodney de Zózimo Bulbul em “Vidas em Conflito” (1969) ao Foguinho de Lázaro Ramos em “Cobras & Lagartos” (2006), o espaço do negro nas telenovelas vem sendo conquistado com perseverança à discriminação. Um longo e árduo caminho foi percorrido pela constelação de grandes talentos negros, até que se deslumbrasse como protagonistas de algumas telenovelas   



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Descritoo por : Yuri Rodrigues